lembro-me que sempre quis (v)ir a londres. a minha mãe esteve cá no início dos anos 70 e sempre a ouvi falar do deslumbre perante o casamento hippie que viu no hyde park... nos anos em que a primavera marcelista não fazia florir flores nos cabelos de noivas em jeans à boca de sino no parque eduardo vii.o meu pai dizia que me "deixaria" (v)ir quando eu fizesse 18 anos. (v)iria com a d. e correríamos todas as atracções turísticas. essa seria - planeava eu - a minha primeira viagem sem pais. provavelmente a primeira de avião, a celebrar a maioridade.
acabou por não ser: viajei de avião antes. inaugurei sem pais a outra capital aos 16, onde voltei e voltei e vivi. e só pisei o chão de londres já doutorada e depois dos 30. por um dia de visita à tate que não existia em 1993, num domingo livre de trabalho lá.
neste outono faço, pois, a viagem que não fiz aos 18 anos!